sábado, 2 de janeiro de 2010

Fuga do Álvaro Cunhal da Cadeia de Peniche


No próximo dia 3 de Janeiro de 2010, é o 50º Aniversário da "Fuga do Álvaro Cunhal da Cadeia de Peniche", para comemorar esta efeméride, as entradas no Museu Municipal de Peniche, são livres.
Na tarde deste dia, está prevista a visita de algumas personalidades que fizeram parte desta fuga, as que ainda estão vivas, pois já restam poucas.
Desta fuga, para além do Álvaro Cunhal, fizeram parte outros presos políticos, tais como:
Carlos Costa; Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e o guarda da GNR que os auxiliou, José Jorge Alves.


Esta famosa fuga de Peniche foi uma das mais espectaculares da história do fascismo português, por se tratar de uma fuga das prisões de mais alta segurança do Estado Novo.
No fim da tarde do dia 3 de Janeiro de 1960, pára na vila de Peniche, em frente ao forte, um carro com o porta-bagagem aberto. Era o sinal de que do exterior estava tudo a postos. Quem deu o sinal foi o actor, já falecido, Rogério Paulo.
Dado e recebido o sinal, no interior do forte dá-se início à acção planeada. O carcereiro foi neutralizado com uma anestesia e com a ajuda de uma sentinela - José Alves - integrado na organização da fuga, os fugitivos passaram, sem serem notados, a parte mais exposta do percurso. Estando no piso superior, descem para o piso de baixo por uma árvore. Daí correm para a muralha exterior para descerem, um a um, através de uma corda feita de lençóis para o fosso exterior do forte. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde estavam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde deveriam passar a noite.
Álvaro Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João de Estoril, onde ficaria a viver durante algum tempo.
Esta fuga só foi possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.

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