quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Naufrágio de San Pedro de Alcântara - 2



Segundo informação, não foi devido à velocidade do navio, que se deu o naufrágio, mas sim ao mau estado em que se encontrava o mesmo, e também ao excesso de peso.
Vieram homens de toda a Europa para participar no salvamento da carga perdida.
Os pescadores de Peniche participaram com embarcações e tripulação naquilo que foi possível, tornando-se um êxito técnico.
A Armada Espanhola sentiu também a necessidade de contratar os melhores buzos(mergulhadores) para fundar logo a seguir a primeira escuela de buceo da sua história.
O anúncio das operações de resgate submarino em Peniche levou alguns inventores a propor inventos, os celebres engenhos de mergulhar, aos directores do resgate do navio espanhol em Peniche.
Assim, surgiu um sino de mergulho alimentado em ar comprimido por uma bomba.
Mais tarde, outro inventor, oriundo da Sardenha, surge com o escafandro,os ensaios correm mal e acabam por desistir. Optando por utilizar homens "nus", em apneia, para recuperar todo o espólio do navio, assim como, salvar os náufragos.
Realizaram-se três campanhas de resgate submarino, em apneia no sitio do naufrágio do San Pedro de Alcântara, um de 26 de Março a 8 de Novembro de 1786, um de 5 de Março a 1 de Agosto de 1787 e outro de 10 de Abril a 7 de Novembro de 1788.
No total conseguiram recuperar 64 canhões, 603 toneladas de cobre chileno, 2000 caixas de ouro e prata.
Foram recenseados em Peniche no estaleiro submarino do San Pedro de Alcântara, 45 mergulhadores de apneia. Nem todos os buzos sobreviveram,pelo menos dois morreram em Peniche no ano do naufrágio, ambos espanhóis.
Alguns ficaram por Peniche acabando por constituir família; um de nome Antonio Zecar " Buzo de nasao malteza", em agradecimento pelo êxito obtido na recolha do espólio do navio e por ter sobrevivido, mandou construir a Capela de Santa Cruz, situada na costa sul, junto ao Portinho de Areia Sul em Peniche.

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