Não podia deixar passar este tema, uma vez que faz parte da nossa cultura local.
"Amigos de Peniche", na maioria das vezes, são conhecidos em todo o país de forma depreciativa.
Inclusivé, até já me abordaram desta forma, em plena emissão da RTP 1, há uns 20 anos atrás, com a fase: " Com que então, é "Amiga de Peniche"?!" de maneira sarcástica.
Por sinal, nem sou de Peniche, sou alfacinha, mas foi esta terra piscatória que me acolheu, quando vim para cá, ainda criança; e ainda cá estou, acabando por fazer a minha vida e constituir família.
Não vou entrar em pormenores, porque esta história pode ser lida em vários locais, desde livros, blogs, etc.
O termo "Amigos de Peniche"tem origem na sequência da crise da sucessão de 1580 em Portugal, quando Filipe II de Espanha obteve a coroa portuguesa em detrimento de D. António, Prior do Crato. Este, pediu auxilio à Rainha Isabel I, de Inglaterra, e a 26 de Maio de 1589, desembarcam na praia da Consolação, 20 000 homens de 170 navios ingleses, comandados por Francis Drake.
Durante o tempo que permaneceram na zona de Peniche fizeram muitos estragos e roubos.
Os apoiantes de D.António, que se encontravam em Lisboa, não paravam de comentar" Mas afinal quando chegam os nossos amigos de Peniche?", que afinal, eram os ingleses.
Os estragos e roubos, não pararam durante o percurso até Lisboa; quando lá chegaram a recepção foi bem diferente da que esperavam, em vez de serem recebidos com vivas, são escorraçados pelos espanhóis.Ao contrário, do que muitos imaginam, as gentes de Peniche, são pessoas acolhedoras, amigas de ajudar.
Os mais antigos ainda se recordam do tempo em que existia a Cadeia Politica, na Fortaleza; vinham famílias visitar os presos, quando cá chegavam, muitas vezes estes não tinham permissão para visitas ou tinham sido transferidos para outras cadeias, sem darem conhecimento aos familiares.
Estas pessoas cheias de dificuldades, pois era com sacrifício que conseguiam algum dinheiro para as viagens, por vezes só com ajuda de familiares e amigos; eram acolhidas pelos penicheiros, a nível de dormida e comida, gratuitamente.
Aqui não estava em causa a politica, mas uma atitude humanitária, no regime do "Estado Novo", as atitudes humanitárias na maioria das vezes eram mal interpretadas, eram levadas a tribunal e prisão. Algumas casas que acolheram estas pessoas, passaram por momentos bastante assustadores, quando, inesperadamente, eram revistadas por agentes da PIDE.
Inclusivé, até já me abordaram desta forma, em plena emissão da RTP 1, há uns 20 anos atrás, com a fase: " Com que então, é "Amiga de Peniche"?!" de maneira sarcástica.
Por sinal, nem sou de Peniche, sou alfacinha, mas foi esta terra piscatória que me acolheu, quando vim para cá, ainda criança; e ainda cá estou, acabando por fazer a minha vida e constituir família.
Não vou entrar em pormenores, porque esta história pode ser lida em vários locais, desde livros, blogs, etc.
O termo "Amigos de Peniche"tem origem na sequência da crise da sucessão de 1580 em Portugal, quando Filipe II de Espanha obteve a coroa portuguesa em detrimento de D. António, Prior do Crato. Este, pediu auxilio à Rainha Isabel I, de Inglaterra, e a 26 de Maio de 1589, desembarcam na praia da Consolação, 20 000 homens de 170 navios ingleses, comandados por Francis Drake.
Durante o tempo que permaneceram na zona de Peniche fizeram muitos estragos e roubos.
Os apoiantes de D.António, que se encontravam em Lisboa, não paravam de comentar" Mas afinal quando chegam os nossos amigos de Peniche?", que afinal, eram os ingleses.
Os estragos e roubos, não pararam durante o percurso até Lisboa; quando lá chegaram a recepção foi bem diferente da que esperavam, em vez de serem recebidos com vivas, são escorraçados pelos espanhóis.Ao contrário, do que muitos imaginam, as gentes de Peniche, são pessoas acolhedoras, amigas de ajudar.
Os mais antigos ainda se recordam do tempo em que existia a Cadeia Politica, na Fortaleza; vinham famílias visitar os presos, quando cá chegavam, muitas vezes estes não tinham permissão para visitas ou tinham sido transferidos para outras cadeias, sem darem conhecimento aos familiares.
Estas pessoas cheias de dificuldades, pois era com sacrifício que conseguiam algum dinheiro para as viagens, por vezes só com ajuda de familiares e amigos; eram acolhidas pelos penicheiros, a nível de dormida e comida, gratuitamente.
Aqui não estava em causa a politica, mas uma atitude humanitária, no regime do "Estado Novo", as atitudes humanitárias na maioria das vezes eram mal interpretadas, eram levadas a tribunal e prisão. Algumas casas que acolheram estas pessoas, passaram por momentos bastante assustadores, quando, inesperadamente, eram revistadas por agentes da PIDE.
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